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Consumir significa, hoje, muitas responsabilidades com o planeta. Está disseminado o conceito de que os padrões de consumo devem se alinhar à capacidade de suporte ambiental. Mas esse mote parece apenas retórica diante do recente desabastecimento de combustíveis no Brasil. Num momento pontual de crise, ficou evidente, principalmente nas grandes cidades, a cascata que pode se desencadear a partir da questão energética. Entre os dias 4 e 8 de junho, a FMUSP vai discutir a vida nas cidades, o modelo de mobilidade vigente e como a saúde tem tudo a ver com sustentabilidade e ambiente, conforme explica o Prof. Dr. Paulo Saldiva, titular do Departamento de Patologia, no vídeo-convite da IX Semana do Meio Ambiente da FMUSP.

As atividades organizadas pela Comissão de Sustentabilidade FMUSP celebram o Dia do Meio Ambiente, 05 de junho, com uma série de atividades voltadas à conscientização sobre o que é cidadania, saúde e sustentabilidade no meio urbano. No dia 4 de junho, uma série de vídeos temáticos serão veiculados no site e nas mídias sociais da FMUSP (Facebook, Twitter, Instagram e Canal do YouTube).

“Áreas Verdes e Saúde” será o tema da roda de conversa marcada às 12h30, no Anfiteatro 2303 da FMUSP, com participações da Profa. Dra. Thais Mauad, do Prof. Dr. Amaro Nunes Duarte Neto, do Dr. Danilo Bifone, do Eng. Sergio Shigeeda e da Jornalista Carolina Tarrio. Na sequência, às 14h30, haverá distribuição de mudas de plantas em frente ao Busto do Dr. Arnaldo, histórico representante da faculdade.

No dia 6 de junho, um almoço coletivo na Horta da FMUSP, às 12h, terá refeições e ideias compartilhadas. Em seguida, às 14h, um bolo será cortado para celebrar o aniversário de cinco anos da Horta da FMUSP. No dia 8 de junho, uma extensa programação na área do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz (CAOC) começa às 8h, com a Feira de Inverno da Horta da FMUSP, aulas de ioga, de tai chi e apresentação do grupo coral do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP.

“A cidade é um universo tão rico, mas com aspectos do viver comprometidos pela falta de sustentabilidade na nossa forma de organização. A recente crise de combustíveis mostra muito bem tudo isso. Dependemos de um composto que reconhecidamente provoca câncer e mortalidade precoce. E, paradoxalmente, estamos lutando para dar subsídios para isso. Lógico que hoje não tem outra solução, pois não existe um plano ‘B’. Mas talvez este seja o momento de reconsideramos a nossa matriz de mobilidade, de transporte de cargas e passageiros, de adotarmos estratégias mais limpas e menos dependentes das variações de pressão internacional”, diz o professor Saldiva no vídeo-convite para o evento.