O surto de Zika no Brasil em 2015 acendeu os holofotes sobre a gravidade da doença e seus impactos econômicos. Mas, principalmente, sobre a ameaça que ainda paira sobre diversas regiões do globo. Entre as estratégias de prevenção da doença, uma vacina contra o Zika desponta como potencial alívio para muitos países. A vacina, que não é produzida com o vírus vivo, já vem sendo testada clinicamente, ou seja, em pessoas, em diversas regiões das Américas e Caribe. Nos vídeos abaixo, o professor Esper Kallás, titular da disciplina de Imunologia Clínica e Alergia da FMUSP, ressalta o importante papel do voluntariado nos testes vacinais e fala um pouco dos temores envolvendo vacinas em diferentes épocas da história.
“A importância de testar vacinas em populações com grande diversidade genética, ou mesmo em diferentes países, é que isso nos permite saber se ela vai funcionar bem na população como um todo antes de ser adotada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, a participação de voluntários é fundamental”, afirma Kallás.
O projeto de pesquisa envolve uma diversidade de instituições, incluindo a Faculdade de Medicina da USP e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além do renomado Centro de Pesquisa de Vacinas do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos.
O Brasil possui uma das maiores coberturas vacinais do mundo, o que permitiu o controle, eliminação ou mesmo erradicação de muitas doenças mortais. Apesar disso, ainda existem temores e mitos sobre a segurança das vacinas. Nos vídeos, o professor garante que esse tipo de preparo biológico é um dos produtos mais seguros já inventados na medicina.
Adolescentes e adultos saudáveis, entre 15 e 35 anos de idade, moradores da cidade de São Paulo, podem se cadastrar como voluntários. Vale ressaltar que se trata de uma vacina de DNA, ou seja, em vez de agentes infecciosos, são utilizados fragmentos de DNA do vírus para indução da resposta imune no organismo.
Os interessados podem se inscrever pelo email vacinacontrazika@gmail.com, ou pelos telefones (11) 2661-3344; 2661-7214; 2661-2276.