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Alunos do 5º ano da Medicina desenvolvem conhecimentos técnicos e humanísticos

Em 2024, a parceria entre a Atenção Primária à Saúde (APS) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e a organização social gestora Bompar, para a promoção do estágio eletivo Consultório na Rua, completou três anos. A iniciativa proporciona aos estudantes do 5º ano de Medicina uma vivência única no atendimento à população em situação de rua, permitindo que desenvolvam conhecimentos técnicos e humanísticos importantes para a sua prática profissional futura.

Com duração de três semanas, o estágio tem impacto transformador na formação dos participantes. Além do aprendizado técnico, a experiência amplia a visão social dos alunos. “Atuamos com o compromisso de proporcionar um ambiente de aprendizado onde os estudantes se sintam seguros ao terem contato com as práticas assistenciais do SUS em realidades de alta vulnerabilidade”, explica a Dra. Mariana Eri Sato, supervisora técnico-administrativa do Programa de Atenção Primária da instituição. Outro fator para o qual ela chama a atenção é o crescimento exponencial da população em situação de rua na cidade de São Paulo, que passou de aproximadamente 24 mil pessoas em 2016 para 55 mil, em 2023, de acordo com dados do Cadastro Único e do Censo Demográfico 2022. “Nossa faculdade demonstra que está atenta a essa grave questão de saúde pública ao proporcionar um estágio capaz de preparar futuros médicos para enfrentarem melhor essa situação”, reforça.

Sempre sob a supervisão acadêmica da FMUSP, os estudantes acompanham equipes multiprofissionais da Bompar, compostas por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e agentes de saúde e comunitários, que percorrem as ruas próximas à Praça da Sé para oferecer assistência a uma população que enfrenta múltiplas vulnerabilidades. Para estabelecer vínculo com os pacientes e garantir um atendimento mais eficaz, as equipes do programa utilizam estratégias de aproximação, como convidá-los para partidas de futebol, visitas a museus e atividades culturais. Os alunos também aprendem técnicas de abordagem e comunicação para lidar com os desafios da assistência a pessoas que já sofreram diversas formas de violência e exclusão.

Sob a coordenação do Departamento de Clínica Médica e supervisão do Programa de Atenção Primária (APS) da Faculdade, o estágio completa três anos como parte da estratégia pedagógica de aproximar os alunos das práticas assistenciais do Sistema Único de Saúde (SUS) em contextos reais. 

Assessoria de Comunicação e Imprensa

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