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A Familial Hypercholesterolemia Studies Collaboration (FHSC), registro global para avaliar a identificação e o tratamento de pessoas com hipercolesterolemia familiar (HF) teve seu estudo pediátrico publicado no último dia 12 de dezembro, na The Lancet. A HF afeta uma em cada trezentas pessoas em geral (uma a cada duas nas famílias afetadas) e está associada a uma probabilidade 230% maior de problemas cardiovasculares, especialmente em jovens, quando comparado com a população em geral.

O estudo incluiu mais de 63 mil indivíduos de 48 países, quase 12 mil crianças ou adolescentes. O Brasil contou com sua colaboração na figura do Prof. Raul D. Santos, professor do Departamento de Cardiopneumologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A maioria das crianças e adolescentes com HF foi identificada por meio de testagem familiar, indicando que o acesso aos cuidados de saúde e o nível de renda influenciaram no processo de identificação e diagnóstico, sendo os sinais físicos clássicos da HF os sintomas incomuns, destacando a importância das dosagens de colesterol LDL e da confirmação genética para diagnóstico.

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‘Reunir e expandir registros de hipercolesterolemia familiar para avaliar lacunas no tratamento e melhorar a gestão e os resultados da doença é fundamental para a Colaboração Global de Estudos de Hipercolesterolemia Familiar EAS’, comenta o Prof. Raul D. Santos, docente do Departamento de Cardiopneumologia do Instituto do Coração, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

O estudo mostra que a maioria das crianças persistia com valores de Colesterol elevado também sugeriu que as terapias combinadas poderiam ajudar a atingir as metas propostas para os níveis de LDL-colesterol em crianças que tomam medicamentos hipolipemiantes, apontando limitações, como a incerteza sobre os motivos do baixo uso de medicamentos hipolipemiantes em crianças e adolescentes com HF, reconhecendo que as clínicas especializadas participantes no estudo podem não representar a situação geral da prática pediátrica em todo o mundo.

Para avaliar estas lacunas e melhorar a gestão e os resultados da doença, o estudo propôs expandir os registos de HF para recolher dados e conhecimentos mais abrangentes sugerindo que a detecção e o tratamento da HF na população pediátrica em geral podem representar desafios adicionais.

➢    Link artigo The Lancet, na integra: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S014067362301842

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