“Outbreak: Epidemics in a Connected World" (epidemias num mundo conectado) é o título da exposição inaugurada no dia 18 de fevereiro, no saguão de entrada do Prédio Principal da FMUSP, com a presença de alunos, professores e do diretor da FMUSP, professor Tarcísio Eloy Pessoa de Barros Filho.
Gratuita e aberta ao público, a exposição deve permanecer em cartaz por dois meses. Sua abertura coincidiu com as boas-vindas aos ingressantes dos cursos de medicina, fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional da FMUSP, que até sexta-feira participarão de uma série de atividades dentro da programação da Semana de Recepção dos Calouros 2019.
Realizada por meio de uma parceria com a Harvard Global Health Institute e a FMUSP, a exposição foi concebida pelo Smithsonian Museum, de Washington, Estados Unidos, onde deve permanecer por um ano. A iniciativa envolve 15 instituições da área médica no mundo, convidadas a incluir na exposição intervenções regionais com o mote das epidemias no mundo conectado.
Na FMUSP, a curadoria é do professor Aluisio Segurado, presidente da Comissão de Relações Internacionais (CRint) da FMUSP, e do coordenador do Museu Histórico da FMUSP, professor André Mota. A coordenação técnica é de Clebison Nascimento dos Santos, responsável pela área de conservação e restauro do Museu Histórico da FMUSP.
Segundo o professor Segurado, a perspectiva da exposição é discutir o mundo de viagens e conexões intercontinentais produzindo alterações no ambiente que refletem na emergência e na reemergência de surtos epidêmicos, mostrando como essas alterações interferem no aparecimento de novas doenças.
“A Gripe Espanhola exemplifica de maneira muito clara a relação entre saúde animal e saúde humana, um conceito paradigmático da saúde pública que vem ganhando volume com o nome de One Health na literatura anglo-saxônica, traduzido aqui como Saúde Única. Esse conceito nos mostra a importância da comunhão de diferentes saberes relacionados à saúde humana, saúde animal e saúde ambiental para o entendimento do surgimento de novas doenças e particularmente das epidemias”, disse Segurado.
O professor André Mota ressalta que a FMUSP, criada a partir de 1912, participou ativamente no combate à Gripe espanhola que assolou o mundo e também o Brasil, especialmente no ano de 1918. “Nossa instituição escolheu a Gripe Espanhola por remeter à discussão de movimentação global iniciada na virada do século 19 e início do século 20. Além disso, a FMUSP possui trabalhos historiográficos e pesquisas importantes voltadas ao tema da Gripe Espanhola no Brasil, no estado de São Paulo e aqui na capital”, disse Mota.
“Outbreak: Epidemics in a Connected World". Em cartaz até maio de 2019. Gratuita e aberta ao público. Local: Saguão do Prédio Principal da FMUSP. Av. Dr. Arnaldo, 455.