O Dr. Antonio Barra Torres, Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esteve em reunião na Sala da Congregação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) hoje, dia 20 de setembro de 2022. Acompanhado do Diretor-Adjunto, Juvenal de Souza Brasil Neto, os dois representaram a autarquia reguladora junto à comunidade médica e científica reunida no local.
Liderando a reunião esteve o Prof. Tarcisio Eloy Pessoa de Barros Filho, Diretor da FMUSP, juntamente com a Profa. Eloisa Silva Dutra de Oliveira Bonfá, Diretora Clínica do Hospital das Clínicas da FMUSP (HCFMUSP), o Eng. Antonio José Pereira, Superintendente do HCFMUSP, e o Dr. Arnaldo Hossepian Junior, Presidente da Fundação Faculdade de Medicina (FFM).
“Tenho absoluta convicção de que voltamos para Brasília melhor do que chegamos”, disse o Dr. Antonio Barra Torres no início de sua fala, referindo-se a visita realizada mais cedo ao Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP e à Faculdade de Medicina. Em uma apresentação direcionada a esclarecer e detalhar a atuação da Anvisa, o Diretor da agência destrinchou o papel regulatório e de vigilância da Anvisa, bem como sua estrutura técnica e administrativa e o trabalho rigoroso realizado para que o país goze de credibilidade perante outras agências e órgãos internacionais.
Destacando a participação da agência na regulação de produtos que somam cerca de 23% do PIB brasileiro, o Dr. Barra Torres acentuou a necessidade da expansão do quadro de servidores da Anvisa através de concursos públicos. Segundo o dirigente, a medida é indispensável para lidar com a crescente demanda de serviços, eventuais crises de grande proporção, como no caso da pandemia de Covid-19, e atender a comunidade médica e científica, como no caso da liberação de insumos para pesquisa clínica e aprovação de medicamentos. “A Agência Nacional de Vigilância Sanitária é o poder de polícia do Estado para assuntos sanitários e esse poder não pode ser outorgado”, disse.
Em seguida, professores e pesquisadores da FMUSP contribuíram para o diálogo trazendo suas perspectivas sobre assuntos recorrentes como a liberação de certos agrotóxicos, a aplicação de rótulos em alimentos ultraprocessados e a possibilidade de aperfeiçoamento da coordenação entre a Anvisa e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) em suas respectivas funções. A disposição da Faculdade de Medicina e da Anvisa em seus compromissos de internacionalização, bem como o estreitamento do relacionamento entre a agência e a comunidade científica também foram postos em foco.
Por fim, a Profa. Eloisa Bonfá lembrou dos 11 mil pacientes, muitos em estado grave, que o Hospital das Clínicas recebeu durante a pandemia, bem como o alívio que a aprovação da vacina de modo célere trouxe aos profissionais da saúde. O Prof. Tarcisio de Barros ecoou o mesmo sentimento, comentando como a FMUSP e o HC sentiram "muito de perto a atuação da Anvisa" naquele período e concluiu dizendo que as duas instituições de saúde estão de portas abertas para aprofundar o diálogo estabelecido na data presente.