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A febre reumática é uma doença que acomete principalmente crianças a partir de 3 anos de idade e adolescentes na faixa dos 15 e 16 anos de idade. A predisposição à doença está relacionada a fatores genéticos e se manifesta principalmente após infecção de garganta não tratada adequadamente. Após 20 anos de estudos, um grupo de pesquisa ligado ao Instituto do Coração (Incor) do HCFMUSP realiza a segunda fase de desenvolvimento de uma vacina contra a doença. A aprovação do registro para realização dos ensaios clínicos é feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que deverá acontecer em breve e colocar o Brasil na frente de outros países que também estudam o tema.

Em entrevista à jornalista Roxane Ré, da Rádio USP, a pesquisadora Luiza Guglielmi, do Grupo de Pesquisa em Febre Reumática do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explica como os pesquisadores encontraram o caminho para o desenvolvimento do produto, uma vez que a bactéria causadora da doença, o Streptococcus pyogenes, possui uma grande variedade de cepas.

Segundo Guglielmi, o grupo de pesquisadores conseguiu identificar uma região da proteína da bactéria que permanecia conservada, sendo, portanto, esta parte da proteína escolhida para o desenvolvimento do fármaco.

Além da possibilidade de funcionar como tratamento eficaz para a febre reumática, a vacina pode servir de modelo e auxiliar no desenvolvimento de outras vacinas contra diferentes doenças autoimunes. O grupo de pesquisa conta com a parceria do Instituto Butantan para o envase e a formulação com o adjuvante.

Confira a entrevista na íntegra por este link.