A reabilitação de quem teve Covid-19 é a luta atual da médica e Professora da FMUSP que ajudou a criar a política nacional dos direitos das pessoas com deficiência
O primeiro contato de Linamara Rizzo (o Battistella veio com o casamento) com o mundo da deficiência física foi aos 6 anos. Em 1957, ela era uma atriz infantil e, para um programa de televisão, pôs o aparelho usado por pessoas com paralisia infantil para andar. No camarim, quando tirava o equipamento, entrou a apresentadora Hebe Camargo (1929-2012), que então descobriu que a menina não precisava dele e, de tão emocionada, chorou. A pequena atriz não entendeu por que aquilo assustava os adultos.
Depois de se formar em medicina, Battistella participou da elaboração de uma política nacional de reabilitação para pessoas com deficiência e durante 10 anos e 9 meses, de 2008 a 2018, foi secretária estadual nessa área, em São Paulo. Nesse período, ela ajudou a criar a Rede de Reabilitação Lucy Montoro, que se transformou em uma das principais instituições do país no tratamento de pessoas com deficiência física, que implica perda de capacidade motora, sensorial ou cognitiva.
Ela se engajou na gestão e elaboração de políticas públicas sem perder o gosto pelo ensino e pela pesquisa. Desde o início da pandemia, dedica-se à busca dos melhores métodos de reabilitação das pessoas que tiveram Covid-19. A longo prazo, pretende desenvolver exoesqueletos robóticos para ajudar pacientes vítimas de lesão medular e acidente vascular cerebral (AVC) a voltar a andar.
Única brasileira a fazer parte da Academia Nacional de Medicina dos Estados Unidos, é casada, tem três filhos e três netos. Ela concedeu esta entrevista por uma plataforma de vídeo.
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