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O Prof. Titular Marcelo Britto Passos Amato, do departamento de Cardiopeneumologia da FMUSP, foi um dos agraciados com o Prêmio USP Trajetória pela Inovação, por suas contribuições para a inovação na área médica e a criação de uma tecnologia de tomografia de impedância elétrica, que monitora em tempo real a condição dos pulmões.

A entrega do prêmio foi feita pelo diretor da FMUSP, Prof. Titular Jose Otavio Costa Auler Junior, em cerimônia realizada no dia 23 de agosto, no auditório do Instituto de Eletrotécnica e Meio Ambiente (IEE) da USP.

Em sua primeira versão, o prêmio concedido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e pela Agência USP de Inovação homenageou também o Prof. Glaucius Oliva, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC); Prof. Ismar de Oliveira Soares, da Escola de Comunicações e Artes (ECA); Prof. Kazuo Nishimoto, da Escola Politécnica (Poli); e Prof. José Roberto Postali Parra, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq). Também foi outorgado, por indicação do reitor Vahan Agopyan, o Prêmio USP Trajetória pela Inovação in memoriam para o professor do IFSC, Horácio Carlos Panepucci.

A iniciativa premia professores da Universidade que se destacaram ao longo de suas atividades acadêmicas na produção de inovações científicas, tecnológicas ou culturais, contribuindo assim para a excelência do resultado institucional e para o desenvolvimento socioeconômico do País. A escolha dos laureados foi feita por uma Comissão do Conselho de Pesquisa da USP, a partir de uma lista com 43 nomes propostos pelas unidades, museus e institutos especializados, cujas indicações foram aprovadas pelas respectivas Congregações ou Colegiados.

Sobre o premiado

Amato é supervisor da UTI-Respiratória do HCFMUSP e responsável pelo Laboratório de Investigação Médica LIM-09 (Pneumologia Experimental) da FMUSP. Suas linhas de pesquisa incluem ventilação mecânica, lesão induzida pela ventilação artificial, estratégias protetoras pulmonares e desenvolvimento de novas tecnologias para UTI. Entre as tecnologias desenvolvidas e já adotadas na prática médica está a VAPSV, modalidade ventilatória hoje disponível em mais de 100.000 ventiladores artificiais no mundo; algoritmos automáticos para otimizar sincronia na pressão suporte, disponíveis em ventiladores artificiais a partir de 2004; além da tomografia de impedância elétrica, que resultou em trabalhos científicos premiados. Apesar de já licenciada para uso clínico em Unidades de Terapia Intensivas (UTIs) nacionais e europeias, essa tecnologia continua em constante aperfeiçoamento tecnológico através de parcerias que incluem a Escola Politécnica (POLI) da USP e grandes centros de pesquisa nacionais e internacionais como as Universidades de Colorado, Universidade de Harvard e Universidade de Uppsala, além do Kennedy Space Center da NASA (EUA).