Projeto de Conservação do acervo ceroplástico
Os modelos ceroplásticos criados por Augusto Esteves foram confeccionados a partir de moldes de gesso tirados diretamente de cadáveres. As obras moldadas eram feitas de cera de abelha pura e/ou misturada à cera de carnaúba e resinas naturais. Depois eram pintadas com tinta à óleo translúcida imitando os mínimos detalhes da pele; os cabelos ou pelos humanos eram implantados um a um por meio de uma agulha aquecida. No projeto de conservação, de modo geral, as peças estavam em bom estado de conservação, sendo que parte delas apresentava problemas de infestação por macro e micro-organismos e apenas 25% do acervo apresentava problemas estruturais (rachaduras, partes quebradas e arranhões).
Se fez necessária a troca das vitrines individuas das obras devido à fragilidade das mesmas para melhor conservação e para melhor visualização das esculturas. Para tanto, foi projetada uma nova vitrine, onde as obras pudessem ser admiradas em sua plenitude e ainda que ficassem protegidas num ambiente com umidade controlada e atmosfera anoxia.
Todas as obras foram identificadas, medidas e fotografadas no museu. Depois foram encaminhadas para o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), para serem irradiadas com radiação gama para exterminação dos macro e micro organismos. Do IPEN seguiram para o laboratório de restauro da MRIZZO, onde foram realizados os seguintes procedimentos: